Coalhando
depois veio a Aids
o desmatamento
a falta d’água
o petróleo
os famintos
os obesos
o trânsito
o medo
tiro na boca pra lá e pra cá
enquanto não sei o que fazer
se digo sim ou não
se fico dentro
ou fora.
A loucura é a ultima saída praquele
que ainda consegue
manter-se vivo
um berro não resolve nada
- restaria aos queridos
um chumbo cravado
nas lembranças -
Sigo seco, firme
lentamente sigo
cortando o vento
afogado num mar
de cabeças
cabeças e cabeças
e nenhuma delas traduzindo
minha vontade de viver.
-e de esquecer que-
Tudo tudo tudo
enche
tudo lota
e caminhando em S
desvio dor
satisfação e amor
da flecha do destino
que insiste em me derrubar.
Mesmo assim, ligeiramente sigo
e seco.
1 Comments:
ah rapaz, diga sim.
no fim é mesmo tudo movente, então tanto faz.
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